por William Wack São Paulo, SP
Já é noite, e depois das oito horas de trabalho, o analista de sistemas André Marinho embarca rumo à qualificação. A aula termina, mas a jornada ainda não! Falta pouco pra a meia-noite e André segue para o curso de webdesigner. “Correria todo o dia, das sete da manhã, às três horas da manhã, é sem parar”, conta.Ele é um dos alunos que, sem tempo durante o dia, encontraram uma alternativa para estudar. Em plena madrugada, aulas de informática, fotografia, idiomas.
Às duas da manhã, é a agente de aeroporto Suzana Santos quem chega, de olho em oportunidades na carreira. “Aumentar o salário, fazendo trabalhos fora”.
Se o desafio é lidar com o tempo, a metodologia de ensino também precisa de ajustes. Em uma escola, até uma mini-cozinha foi planejada se bater aquela fome na madrugada. Tudo pra manter a motivação em alta e o sono bem longe. E haja cafezinho. São 25 quilos por mês.
Investir nos ‘madrugadeiros’ deu tão certo que a escola vai ser ampliada. Surpresa mesmo…só as notas. “Se estão aqui é porque querem, ninguém vem aqui na madrugada para brincar. Então o aproveitamento acaba sendo melhor nesse horário alternativo do que durante o dia”, afirma o gerente do Senac/RS, Paulo da Rosa.
Fonte: Globo.com
“Jornal da Globo” – Edição do dia 08/09/2010
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